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A diabetes pode afetar minha visão?

A resposta é sim! A diabetes pode afetar a visão de várias maneiras, tantas que há um grupo de doenças oculares decorrentes da diabetes. Todas graves e com potencial para causar perda de visão e até mesmo cegueira permanente. Manter a diabetes controlada e acompanhamento médico regularmente são as melhores formas de prevenir situações graves.

Retinopatia diabética, edema macular diabético (também chamado de EMD), catarata e glaucoma são doenças que afetam a visão e mais comuns em pessoas com diabetes. Todas podem chegar a estágios graves incluindo a cegueira, porém, algumas podem ser reversíveis. 

No Brasil, a catarata é a doença que mais leva pessoas com diabetes à perda da visão. Porém, a catarata pode ser tratada e a realização de cirurgia é capaz de reverter o quadro de perda de visão. Dessa forma, a retinopatia diabética é a doença mais grave e com danos irreversíveis à visão de diabéticos adultos. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem  no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. A doença é comum e milhares convivem bem, mas em casos graves a diabetes pode levar à morte.

Catarata e glaucoma

A catarata é uma doença muito comum no Brasil, causada pelo envelhecimento de uma membrana e que afeta principalmente as pessoas mais velhas. Adultos com diabetes têm até 5 vezes mais chances de desenvolver a doença e essa tendência pode ser ainda maior em pessoas com menos de 40 anos.

Mas há tratamento e cura para a catarata. A cirurgia é a principal maneira de resolver a catarata e voltar a enxergar nitidamente. O procedimento é simples, rápido e muito eficiente.

Doença silenciosa, o glaucoma também é bastante comum e pode levar à cegueira. O paciente pode perder a visão aos poucos devido a alterações no nervo ótico do olho. Além de hereditário, o glaucoma pode ter incidência duplicada em pessoas com diabetes.

Apesar de graves, oftalmologistas alertam que quando descobertas no início todas as doenças oculares decorrentes da diabetes podem ter tratamento eficaz. Com acompanhamento médico contínuo, também podem ser evitadas.

Retinopatia diabética

Causa mais comum de perda da visão em pessoas com diabetes, a retinopatia diabética é causada por alteração nos vasos sanguíneos da retina. Quando os danos aos vasos sanguíneos chegam a causar vazamento de líquido na porção central da retina, a doença evolui para um edema macular diabético. 

Os danos aos vasos sanguíneos da retina são causados pelo alto nível de açúcar no sangue, situação típica na diabetes. Em muitos casos, a retinopatia diabética pode não ter sintomas aparentes, até a perda da visão. Para evitar situações extremas o acompanhamento médico com um oftalmologista é fundamental. 

Quando aparentes, os sintomas da retinopatia diabética são percebidos já em estágios avançados. Sendo os principais sintomas a visão embaçada, o aparecimento de pontos pretos na visão, flashes de luz e por fim, a perda de visão.

O aparecimento de qualquer sintoma é grave e um médico oftalmologista deve ser procurado imediatamente. 

Estágios da retinopatia diabética

A Associação Nacional de Atenção ao Diabetes alerta que todas as pessoas, com qualquer tipo de diabetes, incluindo a gestacional, estão sujeitas a retinopatia diabética. Além disso, até 45% das pessoas com diabetes têm alguma fase de retinopatia.

A retinopatia diabética passa por quatro estágios, sendo eles:

Retinopatia proliferativa leve

São pequenas áreas de inchaço que se parecem com balões que se formam em vasos sanguíneos da retina. Esses micro aneurismas podem ocorrer no estágio inicial da doença.

A diabetes pode afetar minha visão?

Retinopatia proliferativa leve

São pequenas áreas de inchaço que se parecem com balões que se formam em vasos sanguíneos da retina. Esses micro aneurismas podem ocorrer no estágio inicial da doença. 

Retinopatia proliferativa moderada

O avanço da doença pode distorcer os vasos sanguíneos da retina, que chegam a perder a capacidade de transportar sangue. As duas situações contribuem para a formação do edema macular diabética.

Retinopatia proliferativa grave

No estágio grave da retinopatia, muitos vasos sanguíneos são bloqueados, deixando de fornecer sangue para a retina. Diante disso, a retina passa a produzir novos vasos sanguíneos.

Retinopatia diabética proliferativa

Este é o estágio mais avançado da doença e é caracterizado pelo surgimento de novos vasos sanguíneos no exterior da retina, situação conhecida por isquemia. Esses novos vasos são mais frágeis e propensos a gerar sangramentos. 

O problema está quando rompem e causam hemorragia, levando a cegueira ou perda de visão grave. Do mesmo modo, esses neovasos possuem uma espécie de cicatriz (ou tecido cicatricial), da qual a contração pode levar ao descolamento da retina, outra complicação grave.

Edema macular diabética

A doença EMD (edema macular diabética) é uma complicação da retinopatia e afeta a chamada visão afiada, usada para ler, conhecer rostos e dirigir, por exemplo. A estimativa da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes é de que 5% das pessoas com diabetes devem desenvolver a doença.

A doença causa edemas (acúmulo de líquidos) em uma região da retina chamada de mácula, por isso o nome EMD. Ela faz com que a visão fique turva e distorcida,e pode levar facilmente à cegueira.

Pessoas com diabetes devem manter consultas frequentes com oftalmologista e fazer exames regularmente. Exame de fundo de olho permite que o médico verifique se a retina apresenta alterações.

Assim como a retinopatia diabética, não há cura definitiva para a EMD. O tratamento inclui medicamentos e uma cirurgia a laser que pode ajudar a regredir o avanço da doença.

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