A Retinopatia Diabética é uma complicação do Diabetes, em que o excesso de açúcar no sangue provoca danos aos vasos não só dos olhos, mas de diferentes órgãos como coração e rins, por exemplo. A diabetes provoca deterioração dos vasos da retina. Esse dano pode levar ao vazamento de líquido na porção central da retina (edema de mácula) ou à formação de novos vasos que podem sangrar. Esse processo pode acarretar perda da visão central e periférica.
Assista a este vídeo onde o Drº Tássio Borges – Retinólogo – MS Visão – CRMMS 10567, fala mais sobre
Diabetes pode afetar a visão definitivamente?
Antecipadamente, a diabete é uma doença que afeta os vasos, os nervos de todo o corpo e principalmente dos órgãos menores como a retina.
Segundo o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), cerca de metade dos diabéticos no Brasil corre o risco de perder a visão, isso porque a fase inicial do problema não apresenta sintomas.
Apesar disso, o acompanhamento oftalmológico é imprescindível, sendo a única maneira de diagnosticar precocemente o que chamamos de “retinopatia diabética”. É importante que saibamos como identificar, tratar e solucionar esse problema antes que se agrave ainda mais.
Como a Diabete afeta a visão?
Como dito anteriormente, a diabetes afeta os vasos e nervos, tendo como foco os órgãos menores como a retina, em outras palavras, o diabético está mais sujeito a problemas relacionados à visão. Estimativas da SDB (Sociedade Brasileira de Diabetes) apontam que pessoas com diabetes têm 40% mais chances de desenvolver Glaucoma e 60% mais chances de desenvolver a Catarata (desenvolvendo-se mais cedo e progredindo mais rápido). Está associada ao tempo de duração da diabetes e ao descontrole da glicemia.
Podemos afirmar também que nosso olho é composto por algumas partes importantes e sabendo disso fica mais fácil entender qual parte é afetada pela diabetes. A luz passa por algumas etapas antes de chegar a retina, sendo elas a córnea (área curva que protege o olho e foca luz), a pupila, o cristalino (lente responsável pelo foco ocular), chega ao humor vítreo (uma parte posterior cheia de fluido) e só então atinge a retina.
Pois bem, a retina tem uma área que diferencia detalhes tênues chamado mácula, irrigada por vasos sanguíneos que garantem seu funcionamento, e é a mácula o grande alvo das complicações diabéticas, caracterizando a doença pela degeneração da retina. Nesse sentido, todos os problemas de retina causados pela diabetes é chamado retinopatia diabética tendo dois tipos mais comuns: o não-proliferativo e o proliferativo.
Não-proliferativa!
É o tipo mais comum de retinopatia, sendo a forma introdutória a doença, onde os vasos sanguíneos da parte de trás do olho incham, formando bolsas. Passando por três estágios, sendo: leve, moderado e grave, conforme há mais vasos sanguíneos bloqueados.
A retinopatia não-proliferativa pode ser estabilizada com os tratamentos adequados, permitindo a recuperação da visão. No entanto, também não exige um tratamento específico, mas é essencial que o paciente controle os níveis de glicemia para isso.
Em certos casos, a danificação dos capilares sanguíneos podem causar hemorragia e vazamento de líquido da retina e de sangue, causando o acúmulo de líquido na mácula, área importante da retina. Pode levar ao embaçamento dos olhos, distorção e gradualmente a perda total da visão. Logo temos o chamado Edema Macular, problema mais grave e que exige um tratamento e acompanhamento adequados.
Proliferativa
Diferentemente da retinopatia não-proliferativa, a proliferativa é pouco comum e acomete uma em cada 20 pessoas com diabetes, segundo dados da SDB (Sociedade Brasileira de Diabetes). É o estágio mais avançado da doença, o aparecimento de neovasos (novos vasos sanguíneos) no exterior da retina é a característica principal e é causada pela obstrução dos vasos sanguíneos da retina, chamada isquemia.
Os neovasos invadem áreas sensíveis e crescem ao longo da retina, não causando sintomas ou perda definitiva da visão.
O problema está quando rompem e causam hemorragia, levando a cegueira ou perda de visão grave. Do mesmo modo, esses neovasos possuem uma espécie de cicatriz (ou tecido cicatricial), da qual a contração pode levar ao descolamento da retina, outra complicação grave.
A perda de visão na retinopatia diabética proliferativa geralmente é causada por hemorragia vítrea, descolamento de retina e glaucoma neovascular, além do edema macular.
Sintomas
Normalmente os sintomas só costumam aparecer quando a doença já está mais avançada. Entre eles estão:
- Visão embaçada;
- “Pontinhos pretos”;
- Flashes de luz no campo de visão;
- Perda da visão.
Caso note algum dos sintomas acima, procure rapidamente um Oftalmologista para um tratamento mais eficaz e um diagnóstico completo.
Tratamentos para a Retinopatia Diabética
O controle das taxas de glicose no sangue continua sendo o melhor tratamento para a retinopatia diabética, pois limita significativamente o risco de perda da visão a longo prazo.
Da mesma forma, é importante saber o estágio onde a doença se encontra, pois os tratamentos, apesar de retardar a progressão ou reduzir alguns sintomas da perda de visão, não proporcionam a cura da doença em si que é progressiva e constante.
A menos que haja um edema macular, é necessário o acompanhamento regular de um oftalmologista na fase inicial da doença (quando ainda é não-proliferativa). Para precaver o avanço da retionopatia diabética, o paciente deve seguir as prescrições médicas para dieta e exercício, controlar as taxas de glicose no sangue, pressão arterial e os níveis de colesterol.
Nos casos de retinopatia diabética proliferativa ou ainda edema macular, serão necessários tratamentos.
Cirurgia a laser ou fotocoagulação
A cirurgia a laser pode ser uma das opções para o tratamento no caso de retinopatia proliferativa. Vale lembrar que não cura e é apenas uma forma de retardar a progressão da doença. O laser é uma luz que servirá para “secar” os neovasos e reduzir o inchaço macular.
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Cirurgia de Vitrectomia
A Vitrectomia é uma das opções para melhorar a visão em caso de hemorragia vítrea grave. Regularmente impede novas hemorragias, removendo os neovasos causadores do sangramento, essa remoção do tecido cicatricial faz com que a retina possa voltar ao seu local normal. Em certos casos, tanto a cirurgia a laser quanto a Vitrectomia podem ser realizadas junto.
Procure um Oftalmologista
A melhor opção para uma prevenção mais eficaz e um acompanhamento de perto é indo habitualmente a um Oftalmologista.
Com unidades no interior e na capital de Mato Grosso do Sul, a MS Visão é uma clínica oftalmológica preparada para todos os casos, com equipamentos de última geração e um atendimento humanizado e de confiança, além de uma equipe de excelência. Fale conosco e conheça mais sobre nosso trabalho: