Estamos na época de tirar os casacos do guarda-roupas e tomar muita sopa e chocolate quente. O inverno chegou e com ele algumas doenças oculares como, a conjuntivite de inverno, e apesar de não ser um dos climas típicos do Brasil e durar pouco tempo, a gente sofre um pouco sim.
É durante o inverno que existe uma maior concentração de poluentes no ar, além de nossos olhos perderem um pouco da lubrificação natural devido à evaporação da camada aquosa da lágrima.
Não só as vias respiratórias tornam-se mais vulneráveis durante o inverno, os olhos também! O clima seco e a baixa umidade do ar torna as pessoas ainda mais propensas a doenças oculares.
Desta forma, é essencial cuidar da saúde ocular nesta época do ano.
Mas e aí, você conhece as principais doenças oculares que se intensificam no inverno? Vamos conhecer um pouquinho mais delas?
Principais Doenças Oculares Durante o inverno
Dentre as principais doenças oftalmológicas intensificadas no inverno, estão:
1. Alergias Oculares
As alergias oculares são reações alérgicas, ou seja, uma condição onde o organismo reage anormalmente a uma substância externa. Elas afetam os olhos e as estruturas próximas a eles, como as pálpebras, por exemplo.
Geralmente, causando as alergias oculares são poeiras, fumaça, ácaros, etc., além disso, seus principais sintomas incluem olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento, ardência, fotofobia (sensibilidade à luz) e irritação.
Ainda que qualquer pessoa possa desenvolver alergia ocular, pessoas que possuem rinite alérgica, asma ou alergia de pele são mais propensas a terem alergias oculares.
Qual o Tratamento para as Alergias Oculares?
Antes de mais nada, é necessário sempre consultar um oftalmologista em qualquer hipótese, seja ela Conjuntivite no inverno, ou não, pois somente assim você terá o diagnóstico correto.
Se o problema é alérgico, o médico irá prescrever o melhor colírio para o seu caso. Além disso, o quadro clínico do paciente determina o tratamento.
O soro fisiológico é uma das melhores opções para quem sofre com alergias oculares, pois ele limpa os olhos, diminuindo assim o incômodo causado pela alergia.
Outro método eficiente é colocar o soro em um recipiente e mergulhar o olho dentro. Caso note inchaço anormal ou até mesmo a região extremamente avermelhada, procure um oftalmologista com urgência.
Vale lembrar que quem usa lentes de contato deve retirar as lentes imediatamente. Os olhos ficam muito mais sensíveis ao ataque de fungos e bactérias e a reação alérgica pode piorar.
O tratamento é feito em casa observando os alérgenos do ambiente, tendo acompanhamento médico (tratamento simultâneo com oftalmologista e alergista), medicamentos (colírios, anti-histamínicos), vacinas antialérgicas (imunoterapia) e compressas de água fria que ajudam a tratar a condição.
Previna-se Contra as Alergias Oculares no inverno
A alergia pode ser causada por diversos fatores, no entanto, pode-se tomar precauções para ser evitada, como:
- Manter a casa limpa para evitar a proliferação de alérgenos;
- Lavar as mãos antes de ter contato com os olhos;
- Não passar nenhum colírio ou se automedicar;
- Travesseiros acumulam ácaros e umidade. É recomendado trocá-los a cada dois anos de uso.
- Lave os tapetes e cortinas de sua casa com frequência: eles acumulam grande quantidade de poeira e até mesmo mofo.
2. Conjuntivite
A Conjuntivite no inverno é mais comum do que você pensa, as pessoas ficam mais tempos em ambientes fechados. É uma inflamação na conjuntiva (a parte branca dos olhos) que pode surgir de três formas: alérgicas, virais e bacterianas.
Alérgicas: Não é contagiosa, geralmente acomete os dois olhos e é causada pela exposição a algum alérgeno. Além disso, o tempo de duração da conjuntivite varia e não deixa sequelas.
Alguns dos sintomas mais comuns da conjuntivite alérgica são: pálpebras inchadas, coceira intensa, lacrimejamento e vermelhidão.
Viral: A conjuntivite viral é causada por vírus e, diferente da conjuntivite alérgica, a viral é altamente contagiosa. É iniciada com apenas um olho e após alguns dias afeta o outro, podendo durar de uma semana a 15 dias.
Geralmente, o que causa a conjuntivite no inverno é o adenovírus, mesmo vírus da gripe comum. Ou seja, de modo geral, o paciente pode estar gripado ou com a imunidade baixa.
Os sintomas mais comuns estão relacionados com sensação de areia/corpo estranho nos olhos e forte lacrimejamento.
Bacteriana: A conjuntivite bacteriana acontece quando a fina camada externa do olho fica infectada.
Essas bactérias são passadas de uma pessoa a outra e podem surgir espalhando-se por meio de uma infecção do ouvido ou garganta.
Inicia-se em um olho e logo infecta ambos os olhos. Além disso, a conjuntivite bacteriana afeta mais crianças do que adultos.
Dentre os sintomas comuns estão: vermelhidão, secreção espessa branco-amarelada, sensação de ardor, coceira ou dor no olho. Também é possível haver inchaço das pálpebras e dos gânglios linfáticos ao redor da orelha.
Qual o Tratamento para a Conjuntivite?
A conjuntivite pode ser tratada pela própria pessoa. Apesar de ser uma doença que se resolve por conta própria, o tratamento ajuda a acelerar o processo de recuperação.
A conjuntivite alérgica é tratada com anti-histamínicos. Para a conjuntivite viral não há um tratamento específico, no entanto, pode-se utilizar soro fisiológico gelado e compressas sobre as pálpebras para diminuir o desconforto, além de limpar os olhos frequentemente ou usar colírios lubrificantes e lágrimas artificiais.
Já a conjuntivite bacteriana é tratada com o uso de colírios antibióticos.
Previna-se Contra a Conjuntivite no Inverno!
É difícil estar prevenido contra qualquer conjuntivite, principalmente no inverno. Entretanto, pode-se usar algumas medidas para diminuir o risco de contaminação, como:
- Não use maquiagem de outras pessoas (nem empreste as suas!);
- Não compartilhe toalhas de rosto;
- Lave frequentemente as mãos e evite o contato com os olhos;
- Não use medicamentos sem prescrição médica;
- Evite nadar em piscinas sem cloro ou lagos.
3. Síndrome do Olho Seco
A síndrome do olho seco é uma anomalia onde não há a produção correta de lágrimas, seja pela quantidade, seja pela qualidade. É disfunção do filme lacrimal ou ressecamento na superfície ocular.
Mas, é um problema de visão comum e no entanto, poluição, doenças oculares e exposição excessiva ao sol, vento ou ar condicionado são fatores que intensificam o ressecamento ocular, tendo em vista que facilitam a evaporação das lágrimas.
A Síndrome do olho seco afeta cerca de 10 a 20% da população mundial e pode chegar a 33% em países orientais e 337 milhões de pessoas estão diagnosticadas com a doença. Segundo dados apresentados no 1º Simpósio sobre a Síndrome do Olho Seco, realizado na cidade de Cuernavaca, no México, realizado no fim de 2018.
A sensação de ressecamento, acompanhado de ardor, coceira e vermelhidão são sinais para uma atenção maior com os olhos, além de dores de cabeça serem comuns quando há uma alteração muito grande da lubrificação pois os terminais da córnea ficam expostos e a própria luz gera incômodo.
Não somente, a sensação de areia nos olhos ou corpo estranho são outros sinais que o olho seco dá. Há de se considerar a dificuldade de movimentar as pálpebras e maior produção de muco em casos mais graves.
Em muitos casos, é comum o lacrimejamento excessivo quando existe desequilíbrio na camada de mucina ou lipídica.
Tratamento Para a Síndrome do Olho Seco
O tratamento depende exclusivamente da gravidade em que o olho seco se encontra. De colírios a necessidade de cirurgia, é imprescindível procurar ajuda oftalmológica aos primeiros sintomas e não negligenciar os devidos cuidados com sua saúde ocular, pois no caso da síndrome do olho seco, somente um profissional poderá fazer um diagnóstico completo e gerar o melhor tratamento para cada caso.
Previna-se Contra a Síndrome do Olho Seco!
Vale lembrar que a síndrome do olho seco não tem cura, isso prevenir-se é a melhor opção em qualquer caso. O que pode ser feito?
- Evitar ficar tempo demais em ambientes com ar condicionado ou ventilador ligados;
- Reduzir o tempo diante do computador. Caso não seja possível, faça pausas de alguns minutos.
- Beba muita água;
- Evitar esfregar os olhos para aliviar coceira e ressecamento;
- Use óculos escuros ao ar livre, pois, isso protege os olhos do vento e das impurezas do ar.
Como Ter Um Inverno Muito Mais Aconchegante e Sem Doenças Oculares?
O clima frio traz uma sensação de filme, chocolate quente e coberta quentinha, a parte ruim é que também lembra doenças respiratórias e oculares.
Então, separamos algumas dicas para que você tenha um inverno muito mais aconchegante e sem stress. Confira!
- Faça a lavagem e seque ao sol as mantas, cobertores e casacos guardados;
- Não deixe a poeira acumular em casa ou ambientes climatizados;
- Durma em local arejado e umedecido;
- Lave frequentemente as mãos e rosto, essencialmente antes e depois do uso de colírios ou pomadas.
- Evite objetos que acumulam poeira;
- Em qualquer situação, consulte sempre um oftalmologista!
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